Canteiro de Obras

O Projeto Canteiro de Obras, é a criação de uma oficina para produção de insumos para restauração do Patrimônio Histórico. Seu funcionamento atende ao mercado e se sustenta com o trabalho produzido. O Canteiro de Obras, onde se trabalha e se aprende a construir com as ferramentas de época, é um empreendimento que se relaciona com diversos órgãos da administração pública e autoridades setoriais, que serão parceiros na iniciativa. São eles:

1- Fundação Cultuar, detentora do espaço através da Gerência de Patrimônio Histórico, que cria a Oficina de Restauração nas áreas de madeira, ferro, argamassa e pintura, cerâmica e cantaria com status de Espaço Cultural e de oficina dedicada a restauração dos bens históricos de todo o município. Terá uma relação de Cliente Preferencial na contratação de serviços no Canteiro de Obras.

2 - AMAM Associação dos Moradores e Amigos de Mambucaba, proponente do projeto de Ponto de Cultura representando a Comunidade.

3- Escola de Artes e Ofícios, detentora dos conhecimentos técnicos envolvidos no Canteiro de Obras.

4- Faculdade de Arquitetura da UFF de Niterói, supervisão científica como membro do Conselho Gestor deste projeto. A Faculdade tem longo relacionamento com a Vila Histórica como tema prático das aulas de restauração. Todos os monumentos restantes estão registrados, mapeados, fotografados. Todos os moradores foram entrevistados, e a memória dos mais antigos foi preservada por obra dos alunos do Curso de Arquitetura. O Canteiro de Obras abre novos espaços de colaboração.

5- IBAMA - detentor das madeiras, pode oferecer matéria prima não comercial para restauração do patrimônio histórico nacional. Solicitamos duas licenças que permitirão dar inicio ao projeto, e uma consulta sobre os caminhos para utilizar as madeiras apreendidas - Licença para retirada de toras caídas ao longo do Rio Mambucaba. - Licença para abate de uma árvore própria para construção de uma canoa caiçara. - Acesso às madeiras apreendidas pela Polícia Federal.

6 - IPHAN - Orgão normativo do Patrimônio Histórico, orienta o projeto e certifica a produção do Canteiro de Obras. O IPHAM é também a entidade indicada para estabelecer as prioridades para o uso das madeiras apreendidas na restauração dos sítios históricos brasileiros.

 Primeiros Trabalhos 

 


1- As 8 portas do sobrado, na rua que desce para a praia ainda estão no lugar. Ainda que deterioradas, guardam o desenho original que pode ser reproduzido em novas construções. Qualquer solução de restauro do sobrado irá utilizar essa novas portas.
Consideramos a Lei de Incentivo Municipal como a melhor fonte de financiamento do projeto.

2- Construção de uma Canoa Caiçara, como parte do processo de registro da Canoa Caiçara como Patrimônio Imaterial e aproveitando o conhecimento ainda presente na Vila Histórica de filhos de velhos canoeiros, que herdaram o ofício e as ferramentas mas, infelizmente, não o “mercado”, que procurou outras embarcações e matéria prima cuja coleta tornou-se crime ambiental. Acompanhar o dia a dia da realização deste trabalho deverá criar um vigoroso documento multimídia. É interessante colocar que o projeto gera um bem valioso, e que sua venda no mercado é capaz de viabilizar o retorno dos investimentos. Velhos mecanismos de financiamento podem ser utilizados, desde a tradicional rifa aos modernos “crowdfounding”. Se houver a matéria prima, a comunidade dispõe de recursos para por sua própria conta promover o evento.

3- Substituição dos Batentes do Casario Colonial de Mambucaba. Todas as portas das casas tombadas, estão instáveis, pois os batentes estão pendurados na estrutura, uma vez que os apoios nos alicerces estão podres. É uma proposta que interessa a todos os moradores das casas tombadas. A idéia inicial, é recolher as madeiras caídas nas margens do Rio Mambucaba e trazê-las pelo rio até o mar. Será possível realizar boa parte deste trabalho com esta madeira. Além do serviço propriamente dito, a realização desta intervenção habilita a solicitação das madeiras apreendidas. Uma forma de financiamento possível, seria cadastrar a produção do Canteiro de Obras no programa de financiamento de obras convencionais da Caixa Econômica, utilizado correntemente favorecendo a Industria da Construção Civil. Reivindicar paridade no mercado é direito base. Condições especiais para o Patrimônio Histórico podem ser uma boa negociação. Plano de Trabalho do Projeto Canteiro de Obras no Ponto de Cultura. O Projeto Canteiro de obras deve ser um empreendimento independente e sustentável. Entretanto seu funcionamento requer a concordância entre diversos interlocutores para que atinja seu máximo desempenho. O recurso alocado no primeiro ano do edital, tem o propósito de criar um material institucional que apresente corretamente o projeto a cada um dos parceiros. Encaminhar esta múltipla negociação, produzir os materiais e promover os eventos necessários, corresponde a uma etapa de encubação do empreendimento, que serão financiados com esta pequena e providencial parcela de recursos do Ponto de Cultura.

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