Projeto Cena Viiva

ANEXO II
MINISTÉRIO DA CULTURA
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
PROGRAMA MAIS CULTURA – PONTO DE CULTURA
PONTOS DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do projeto: Cena Viva do século XIX em Mambucaba

5. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

A Vila Histórica de Mambucaba é uma pequena comunidade cuja fundação está relacionada ao Ciclo do Café na região Sul Fluminense. Os registros históricos revelam que a Vila tinha a função de porto exportador das safras, e para tanto, os produtores de café mantinham instalações que permitiam o estoque da produção anual, e o veraneio da família enquanto a safra era negociada com os compradores e embarcada para seu destino final. Com a construção da estrada de ferro D Pedro II, o escoamento das safras pelo porto de Rio de Janeiro, a Vila perdeu sua função econômica e permaneceu isolada até a abertura da BR 101 e da instalação das Usinas Nucleares.
Após quase um século de isolamento Mambucaba e as outras comunidades da região, foram acordadas pela “sensibilidade social” das empreiteiras que construíam a estrada e concentraram na região cerca de 1500 trabalhadores reunidos em outras obras espalhados pelo país. Após esta traumática reinserção na sociedade nacional, a especulação imobiliária produzida pelo acesso recém aberto completa a desarticulação da cultura local, quando os “estrangeiros” adquirem as propriedades dos moradores tradicionais que se instalam nas periferias e áreas de risco das cidades. É fácil imaginar a fragilidade cultural das comunidades expostas a esta nova realidade. Esta situação perdura até nosso dias, e a ordenação do espaço pelo poder público não produziu soluções que pudessem equilibrar ou restaurar as forças das comunidades tradicionais

Atualmente, durante a temporada de verão, Mambucaba dobra de tamanho. Cada casa, cada quitinete, que permanece fechada durante todo o ano, de repente fica superlotada com os veranistas que chegam para sua temporada de verão. Aos finais de semana, recebemos outro tipo de turistas que traz consigo a cerveja, os petiscos e tudo mais para um dia na praia. Ao final do dia até mesmo as latinhas de cerveja são recolhidas e retornam para o isopor. Sobram apenas os plásticos, e outros detritos. Registramos recentes conquistas da população e da prefeitura que conseguiram proibir o churrasquinho na areia, as garrafas de cerveja e os famosos paredões de som, o que amenizou a convivência com o turismo local.

Em qual(is) espaço(s) físico(s) serão realizadas as atividades do projeto?
A AMAM, Associação dos Moradores e Amigos de Mambucaba está instalada em sede própria e dispõe desse espaço para desenvolver esta Proposta.
Vizinho à sede, existe a ruína do último sobrado da Vila, que resistiu até o final do século passado. O espaço, que além das ruínas, dispõe de amplo quintal encontra-se na posse da Fundação Cultuar, órgão gestor de cultura de Angra dos Reis, parceira na criação deste Ponto de Cultura.

6. JUSTIFICATIVA

Por que a instituição inscreveu o projeto nesse edital?

A AMAM, como representante civil da Comunidade de Mambucaba, deve estar aberta as propostas surgidas do debate entre os moradores e amigos da comunidade. A AMAM, convocada pelo movimento cultural da Vila Histórica, assume sua função estatutária de promover este debate. Para isto precisa construir um fórum onde as idéias e suas contradições possam democraticamente se alinharem num projeto comum a todos os mambucabenses.

Participar da rede de Pontos de Cultura, na forma proposta no edital, atende as necessidades para que nossa associação de moradores possa desempenhar e promover este trabalho.

Entendemos que nossa instituição, apoiada pelos recursos do edital, poderá desempenhar o papel de uma instância distrital do Sistema Nacional de Cultura. As eleições para diretoria a cada dois anos numa campanha semelhante as Conferências de Cultura, os Conselhos Fiscal e Curador em suas próprias funções, nosso caixa submetidos as mesmas regras do Fundo de Cultura, e por fim as comissões temáticas que são as setoriais de nosso Conselho Distrital de Cultura. Finalizando, este projeto, se implantado em nossa comunidade, estaria contemplando as idéias e ações que são fruto do debate da comunidade e que formam nosso Plano de Cultura.

Em resumo, a Amam procura com este projeto, os caminhos para alinhar-se as competências e responsabilidades próprias do papel da sociedade civil no diálogo da produção da Cultura Nacional.

Como surgiu a iniciativa de inscrever o projeto?

No dia 17 de agosto passado, como parte da programação do “Agosto Cultural” a Fundação de Cultura de Angra dos Reis programou um Roda de Conversa na Vila Histórica como evento comemorativo do Dia do Patrimônio Histórico. Nesta conversa, com a presença do presidente da Cultuar, de diretores da AMAM, e de moradores, desenharam-se as ideias que estão sendo encaminhadas.



Qual a importância desse projeto para a sua comunidade?

Quem viveu os últimos 40 anos em Mambucaba, acompanhou um ciclo de desarticulação. O Meio Ambiente degradado, o crescimento urbano desordenado, abusos de todos os tipos e um abandono progressivo das riqueza e valores locais. Não é confortável o saldo atual comparado ao pequeno paraíso de poucos anos atrás. É corrente também o sentimento, que o potencial criativo das pessoas que vivem por aqui, sugere que grandes acontecimentos são possíveis em Mambucaba.
Promover uma inversão neste fluxo, criar um novo ciclo virtuoso capaz de produzir progresso real e conforto, atrair investimentos e um novo padrão de turismo, é decisivo para mudar nossa história.
As perspectivas criadas pela conexão do segmento da Economia Criativa à produção cultural, permitem a aposta que é possível elaborar um projeto capaz de agradar a todos os moradores e amigos de Mambucaba e promover um novo ciclo econômico para a Vila.

          
Por que o Governo do Estado do Rio de Janeiro deve apoiar seu projeto?

Mambucaba é uma pequena Vila que aguarda seu destino. Prosseguir no rumo atual certamente irá aumentar os problemas que travam seu progresso e a evolução de seus moradores. A ideia de que a Associação de Moradores é a instituição melhor situada, para articular as potencialidades e promover as transformações necessárias, é compartilhada por boa parte dos moradores que, neste momento, encontram-se mobilizados para colocá-la em prática.

Este projeto é a resposta da AMAM para as regras apresentadas pelo SNC no relacionamento entre o poder público e a sociedade civil: articular a economia local a partir de sua cultura, é a utopia que está prestes a ser implementada pelo trabalho de uma multidão de agentes culturais, que tramaram uma rede de ideias agora disponíveis a todo cidadão.

A criação de um Ponto de Cultura, alinhando as forças criativas da comunidade, pode ser o evento capaz de mudar o destino de Mambucaba.

É de se imaginar que não somente a intenção e a tentativa em fazer, mas principalmente o sucesso do projeto em atingir suas metas, irá estabelecer uma trilha documentada para que outras comunidades possam também promover as ações que garantam sua evolução. Nosso interesse em que assim seja..., mantém a parceria entre a Amam e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, que imaginamos seja reciproco.



9. OBJETIVOS

Quais resultados o projeto pretende alcançar a longo prazo? Para que ele foi pensado? (Especifique o que se quer atingir com o projeto).

A estratégia que adotamos na elaboração deste projeto parte de algumas afirmações iniciais.
1- Consideramos que a articulação da economia promovida pela vida cultural das comunidades, reunidas no conceito de Economia Criativa, é um caminho sólido e capaz de promover melhoria de qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
2- Que a criação de um Plano Nacional de Cultura que se replica nos estados e municípios, também pode por similaridade, promover um alinhamento na organização das Associações de Moradores tais como a Amam, produzindo o que consideramos um Plano Distrital de Cultura.
3- Que a Vila Histórica de Mambucaba, com seu passado e sua História desconectada do presente, precisa encontrar uma forma de modificar seu destino para evitar que atual ciclo de desarticulação agrave as condições de vida na comunidade.
Apoiado nestas proposições, o objetivo geral deste projeto, é criar as ferramentas e o ambiente para que a comunidade da Vila Histórica se manifeste como Sociedade Civil Organizada e desenvolva um plano de trabalho coletivo para o desenvolvimento social da comunidade.
A Lei nº 158 de 22 de abril de 1982, que trata do tombamento da Vila Histórica está totalmente defasada e deve ser substituída. As definições da nova lei devem ser regulamentadas por um novo Código de Obras específico para Mambucaba; harmônico com a vontade popular e o trabalho de reconstrução do sitio Tombado.
Utilizar-se do edital de Ponto de Cultura para realização deste objetivo, permitirá ao proponente assumir um papel protagonista como Sociedade Civil na ação de reordenação Cultural, Urbanística e Econômica da Vila Histórica. A perspectiva local como ponto de partida nas intervenções do poder público. Certamente uma política cultural do sec. XXI.

10. PLANO DE TRABALHO

Seguindo a lógica dos 3 anos do edital, montamos um plano de trabalho em 3 etapas.
Ano 1 – Criação do Fórum –

Uma Associação de Moradores, por representar a comunidade, é um sempre um fórum permanente. O domínio dos meios digitais abre caminho para que todos compartilhem problemas, ideias e soluções em tempo real. Pessoas conectadas formam o novo ambiente para o exercício da democracia.

As pessoas interessadas em trabalhar no projeto organizaram-se em Comissões Temáticas na estrutura da Amam. Definimos 4 Comissões que chamamos de estruturantes e vitais para desenvolver esta proposta.

Comissão de Comunicações
Optamos pela criação de uma WEB TV operando na internet e numa rede local WIFI aberta aos moradores e visitantes de Mambucaba. Será montada na sede do projeto uma pequena rede de terminais, dedicados a administração da Amam de do Ponto de Cultura.

Comissão de Música
Completando a cota mínima para aquisição do Kit Multimídia, a Comissão de Musica define a compra de um pacote de equipamentos que permitirá a realização de uma festa mensal na Comunidade como forma de manter o trabalho de produção musical independente e sustentável. Reservamos um pequeno recurso para a realização de um Festival Estudantil de Música.

Comissão de Patrimônio Histórico
O Projeto Canteiro de Obras – Reconstituição dos espaços e saberes que construiu Mambucaba.
A idéia é compor um espaço apto a produzir com técnicas e ferramentas autênticas, insumos para restauração colonial. Neste espaço, onde se trabalha e se aprende as Artes e Ofícios Artesanais serão instaladas inicialmente a Oficina de Madeira e Ferro. A existência deste Canteiro de obras será a base para dar liberdade aos projetos de restauração da Vila.

Comissão de Gestão Comunitária
A Amam procura as ferramentas para ter sua administração on line. Para tanto precisou agregar conhecimentos que embora disponíveis na comunidade não eram presentes na atual diretoria. A criação da comissão de Gestão Comunitária foi a solução encontrada para envolver as pessoas que estão colaborando nesta tarefa. Desta forma, foi possível reunir os conhecimentos necessários para que a Amam participasse deste edital.
Planejamos que os recursos destinados a administração do projeto, sirvam também para formar um quadro de pessoas que possam a médio prazo assumir este trabalho.  O desenvolvimento dos empreendimentos encubados pelo Ponto de Cultura, estão focados em localizar outras fontes de financiamento de projetos e este trabalho e estes conhecimentos serão importantes para completar a proposta.
As pessoas que atuam nesta comissão, estão cadastradas como MEI e portanto habilitados a fornecer Nota Fiscal Eletrônica em suas áreas de atuação, sendo esta a relação preferencial para quem quiser trabalhar no projeto.
Os recursos disponíveis para o primeiro ano superam os orçamentos para funcionamento destas 4 Comissões. Com este saldo procuramos os grupos culturais de Mambucaba para que apresentassem um pequeno projeto para compartilhar do edital, Desta forma formaram-se mais 3 Comissões.

Comissão de Artesanato
Os artesões elegem a realização de uma Feira na alta temporada como projeto do setor

Comissão de Meio Ambiente
A equipe envolvida define como sua prioridade, a realização da campanha para dar inicio a nossa coleta seletiva

Comissão de Educação
Os educadores de Mambucaba irão investir em criar projetos que apoiados nos conhecimentos disponíveis na comunidade, possam responder ao Programa Mais Educação (MEC) e oferecer o segundo período nas escolas da região, que será realizado apoio da estrutura do projeto mas sem recursos reservados no orçamento.

Ano 2 –Promulgação do anteprojeto da nova lei de Tombamento da Vila Histórica de Mambucaba


Em 1982, em pleno regime de exceção, o IPHAN realizou o Tombamento de Mambucaba. Sem projetos para manutenção do Sitio Histórico ou mesmo sua fiscalização, o crescimento urbano simplesmente ignorou a ambicioso Tombamento Arquitetônico e Paisagístico. O escritório da Costa Verde do IPHAM reconhece a situação, e estuda a contratação de uma empresa para formular um anteprojeto para a lei.

Entendemos que a elaboração desta lei refere-se a uma circunstância que excede a competência legal do IPHAM, uma vez que o Patrimônio Histórico refere-se a apenas uma das dimensões da vida da Comunidade de Mambucaba, assim como a economia, a educação e a cultura local. Reivindicamos portanto, para o fórum a que se refere este projeto, a primazia sobre qualquer outro, sobre os direitos de definir os novos rumos de nossa comunidade.

Consideramos que além do IPHAN, diversos outros órgãos públicos devem participar desta construção. As indicações de alternativas na forma de tombamento são decisivas para o desempenho econômico e na criação cultural da vila. Os fundamentos da ECONOMIA CRIATIVA, ainda em formulação, sugerem amplos e novos caminhos para a interação entre todos os atores envolvidos. As agencias de fomento e financiamento público devem ser consideradas e envolvidas neste debate. Saneamento básico, esgotamento sanitário, transito, segurança são também fatores desta equação e devem ser analisados em conjunto.

Apontamos a assembléia geral que irá votar o anteprojeto da Nova lei de Tombamento de Mambucaba como o foco e o objetivo culminante deste projeto. Para que este evento realize com sucesso as expectativas projetadas será necessário que a preparação dos espaços e das pessoas tenha sido realizados.

O trabalho que deve preceder esta assembléia é o objetivo do 2º ano de nosso Ponto de Cultura. Realizar seminários, contratar consultores, produzir vídeos, hospedar convidados serão os investimentos dos recursos desta etapa. Fizemos uma distribuição básica dos recursos, mas conforme permite o edital, guardamos a oportunidade para detalhar a aplicação dos recursos após a experiência do 1º ano.

Da perspectiva de hoje, definimos 4 eventos que devem abordar os temas envolvidos
1.     Exposição Raízes Históricas - Pesquisa e Representação Gráfica da linha do tempo de Mambucaba.
2.     Seminário - A Sociedade do Café no verão de 1854 ´-  Imaginário do cotidiano de Mambucaba em plena estação de veraneio no auge do ciclo econômico. Reconstrução dos ambientes, composição de personagens, serviços, lazeres etc.
3.     Concurso de Monografias - Relações de Trabalho na construção civil no sec XIX
4.     Exposição – Inventario Iconográfico, Coleta de Receitas, Figurinos e Indumentários, Montagem de ambientes da Cena Viva do Sec. XIX.

Ano 3 – A construção

Criada a Lei, o 3º ano do projeto fica dedicado a sua regulamentação. Elaborar o código de obras para ser implementado e respeitado por todos seria a espinha dorsal, mas outros produtos devem ser construídos para registrar e tornar útil as informações coletadas nos anos anteriores.

1.     Elaboração de Manual com Instruções no uso das normas elaborados
2.     Elaboração de Manual com Instruções no uso das marcas, modelos, e materiais, conforme a Cena Viva do Sec. XIX
3.     Edição e depuração do material Multimídia produzido ao longo do projeto.
4.     Feira de Negócios para promover novos empreendimentos com a presença de agentes financiadores.
5.     Divulgação na mídia e publicidade dirigida.







10.1 METAS

Para se alcançar os objetivos do projeto, o que a instituição pretende alcançar em termos quantitativos e qualitativos?

Ano 1
1.     A rede social local funcional, articulada e “bombando”
2.     Pessoas preparadas para promover seu segmento de trabalho e sincronizadas pelo cronograma geral
3.     Informações trafegando sem restrições técnicas, assegurando a todos os mesmos recursos e direitos de expressão.
4.     Empreendimentos encubados estabilizados e operando de forma sustentável e se possível lucrativa.
5.     Projeto Canteiro de Obras apto a desenvolver serviços de Restauração de Patrimônio Histórico

Ano 2

1.     Texto da nova lei votado pela Assembleia Geral da Amam encaminhado para ser ratificado pela Câmara Municipal de Angra dos Reis e outros necessários.
2.     Levantamento Histórico de referência para orientar as ações e empreendimentos que irão compor a Cena Viva do Sec. XIX realizado e publicado
3.     “Franquia” pública e gratuita da Cena Viva de Sec. XIX formatada e disponível para a Comunidade de Mambucaba

Ano 3
1.     Código de Obras específico de Mambucaba votado pela Assembleia Geral e encaminhado a Câmara Municipal de Angra dos Reis
2.     Publicação da produção cultural desenvolvida pelo projeto.

Se as estratégias planejadas nos dois primeiros anos funcionarem conforme nossas expectativas, e as metas forem atingidas, Mambucaba deverá estar em obras no terceiro ano do projeto. Desta forma, a meta para o ano de encerramento do projeto, A Vila de Mambucaba deverá estar iniciando um novo ciclo econômico, fundamentado na Cena Viva do Sec. XIX como Espaço Cênico atraindo trabalho, negócios e turistas.



10.2 ETAPAS-FASES

O que será feito para executar as metas previstas?

Nosso Plano de Trabalho estabelece 3 momentos em o que o projeto deverá criar estratégias para atender as exigências criadas pelos objetivos que definimos para o Ponto de Cultura.

O primeiro, é um esforço para divulgar a proposta e conquistar a população para uma participação de TODOS os moradores no debate, como única maneira de legitimar o projeto. As novidades introduzidas pelo Ponto de Cultura, serão percebidas e certamente apreciadas.
Consolidar e promover os grupos articulados nas Comissões Temáticas da Amam, permitindo que assumam metas e compromissos, é um aspecto mobilizador de nossa programação para o primeiro ano do projeto.
A MambucabaWEB-TV no ar com o morador e suas questões em pauta irá animar as pessoas se envolverem no trabalho. Uma tribuna pública para que todos possam manifestar livremente suas ideias irá atrair interessados. A rede WIFI aberta, irá gerar transito para o portal de notícias do projeto.
A realização de festas com bom som, iluminação e espaço para os músicos locais se apresentarem, também irá mobilizar um grupo de moradores que irão compartilhar o trabalho e a renda criada pelo evento, e claro convida o grande público da região a abrilhantar as noites de Lua Cheia em Mambucaba.
O Canteiro de Obras em ação estará promovendo o trabalho e a aprendizagem para um grupo considerável de moradores, além se constituir um forte atrativo para o turismo.
Todas estas ações irão certamente impactar no cotidiano dos moradores e serão importantes para a ativação de um coletivo vivo e conectado com a maioria da população. Entretanto, acreditamos que a perspectiva de se criar políticas públicas que efetivamente serão implantadas e que irão melhorar a qualidade de vida certamente será o grande atrativo capaz de estruturar o fórum para debater o futuro da Vila Histórica.

O segundo momento do projeto tem o propósito de focar as atenções nos planos para o futuro de Mambucaba. Vislumbrar o que poderia ser realizado em nossa pequena enseada, caso tivéssemos a oportunidade de escolher. Refletir dentro dos novos limites oferecidos pelo livre debate entre as pessoas, instituições e poderes envolvidos numa decisão coletiva é um feito inédito e concretamente acessível a partir do edital de Ponto de Cultura. Alargar as possibilidades, aproximar-se das utopias, imaginar o melhor ambiente para que a cultura local se fortaleça e crie um valor que sustente o trabalho, é o foco deste segundo momento.
As atividades programadas para este segundo momento, visam criar as referências para que possamos projetar a cena da sec XIX em nossos dias. Reconstruir o veraneio da Sociedade Cafeicultora do Sul Fluminense em Mambucaba, com as safra prontas para serem comercializadas, é um enredo acessível e atraente para uma exposição. Reunir fotos e documentos da época, procurar teses e monografias que iluminem as relações de trabalho na Construção do Casario de Mambucaba, são detalhes que irão montar um complexo quebra cabeça que irá orientar a construção do futuro desta comunidade.
Para finalizar, um Seminário para construir o texto legal que garanta os espaços para a realização do projeto coletivo, como parte da Assembleia Geral da Amam que irá votar um anteprojeto para a Nova Lei de Tombamento de Mambucaba. Entendemos que este é o limite de poder da sociedade civil, e que será necessário o anteprojeto ser aprovado pela Câmara Municipal para efetivamente transformada em lei.
Acreditamos que nossa campanha consiga envolver pessoas e instituições e conte inclusive com os vereadores na elaboração do texto do anteprojeto, o que embora não garanta, melhora as chances que o projeto seja também aprovado em votação oficial da Câmara de Angra dos Reis. De qualquer forma que fique claro, haverá uma nova Lei de Tombamento; o que está em jogo é se a comunidade consegue se fazer ouvida e que sua vontade seja respeitada.

A terceira etapa do projeto tem a missão de consolidar o trabalho realizado nos dois primeiros anos do projeto.
- Formatar o conhecimento coletado numa “Franquia Pública” (e gratuita) oferecida aos moradores da Vila Histórica, para que cada um possa configurar seu espaço em harmonia com o plano coletivo.
- Publicar o “MANUAL DE USO DA MARCA” do projeto Cena Viva do Sec. XIX será a forma de distribuir os resultados do projeto.
- Depurar todo o material multimídia produzido, criar uma registro da experiência que possa ser compartilhada com outras comunidades em condições semelhantes irá ampliar o público atingido pelo projeto.
- Atrair as agencias públicas de fomento e financiamento para bancar os projetos desenvolvidos pelos moradores dará consistência aos empreendimentos criados.
- Finalizando, como no ano anterior um seminário para construir o texto do “Código de Obras” regulamentando a nova lei de Tombamento e acompanhar sua votação, é o fechamento do projeto, conferindo conformidade legal ao plano forjado pela comunidade em 3 anos de trabalho coletivo.



11. EQUIPE DE TRABALHO

Para realizar o plano de trabalho que equipe de trabalho será preciso?
Nome
Função no projeto
Profissão ou ocupação
Grau de escolaridade
Remunerado
Voluntário
Maria Lucy
Gestão
Pedagoga
Superior

X
Paulo Vargas
Comunicação
Mestre Marceneiro
Superior

X
Flavio Barbieux
Redator TV
Escritor
Superior

X
Debora Lay
Oficineira
Arte Educadora
Superior

X
Thales Pansardes
Oficineiro
Musico
Superior

X
Renata Sodre Leal
Oficineira
Administradora
Superior

X
Walter Yerko Velasques
Oficineiro
Artesão
Superior

X
Simone de Freitas Moutinho
Oficineira
Artesã
Médio

X
Edna Aparecida da Silva Neves*
Assessora Jurídica
Advogada
Superior

X
Fernanda Camargo *
Assessora de Comunicação
Jornalista
Superior

X
Martha Mirrah*
Assessora de Fomento e Captação
Produtora cultural
Pós graduação

X
Milton dos Santos Barros
Oficineiro
Musico
Superior

X
Tomas Vargas Barros
Oficineiro
Musico
Médio

X
Anderso de Oliveira Santos
Oficineiro
Canoeiro
Médio

X
Alvaro Marcial Hidalgo Gonsales
Oficineiro
Artesão
Médio

X
Vanderson de Souza
Oficineiro
tec. Meio ambiente
Médio

X
Bruno Ferreira
Oficineiro
Pescador
Médio

X
Joaquim Arão Soares
Oficineiro
Cesteiro


X






* parceiros da Equipe da Fundação Municipal de Cultura - Cultuar




13. RETORNO DE INTERESSE PÚBLICO

Quais serão os benefícios para a sua comunidade com a implantação do projeto? Observe as seguintes áreas:

Artístico-culturais:
Recriar a cena e o ambiente do Sec. XIX será um mergulho num trabalho que exigirão pesquisas, ensaios, construções, instalações. Será necessária a contribuições de “estrangeiros“para trazer conhecimentos não existentes na Comunidade, e cursos, debates, rodas de conversa, para que estes conhecimentos sejam transferidos aos interessados locais.


Sociais:
O sucesso deste projeto, está apoiado na hipótese que a Sociedade Mambucabense está madura para construir um projeto coletivo de evolução.
A comunidade tem consciência que a valorização cultural da Vila não pode promover um ciclo de especulação imobiliária que levaria os atuais moradores a abandonar a Vila.
A comunidade também espera que os moradores sejam formados, ensinados e preparados para participar ativamente dos trabalhos de construção do projeto, fixando os investimentos no local.
 O desenvolvimento do projeto permitirá que as pessoas incorporem o sentimento que isto é possível e esta é a hora de promover estas ações.

Econômicos:
A Amam espera estar estruturada para oferecer o suporte necessário para uma campanha capaz de mobilizar os agentes culturais e dispor dos recursos para encubar as iniciativas que irão compor a Cena Viva do Sec. XIV. Aposta-se também que as ações propostas no projeto possam atrair um novo perfil de turismo para a Vila e que atender este novo público ativar o potencial receptivo de Mambucaba.

14.2 DISTRIBUIÇÃO OU VENDA DOS PRODUTOS CULTURAIS

Para quem os produtos serão distribuídos?

O Manual estará disponível para todos os moradores de Mambucaba que se interessarem em montar em seu espaço uma parte da Cena Viva do Sec. XIV em Mambucaba. O manual estará também disponível para todas as pessoas que se interessarem.

Como serão entregues a essas pessoas?
O Manual esta disponível download gratuito

Se os produtos forem vendidos, qual o valor unitário do produto?


Estes produtos irão ajudar a sustentar o projeto? De que modo?
15. PLANO DE COMUNICAÇÃO

Como a instituição pretende divulgar a existência desse projeto?

Material de Divulgação
Local de Divulgação

Radio e TV MAMBUCABA
Rede Wifi aberta na Vila e na WEB
Canais Comunitários
TV a cabo
banner
Local do Projeto
Manual de Uso
Disponível para donwload

16. AVALIAÇÃO DO PROJETO

Como o projeto será avaliado?
Articular o potencial criativo dos moradores da Vila Histórica para realizar as tarefas e funções propostas neste projeto, será um feito notável e portanto de fácil observação. Pelo mesmo motivo, criar uma lista de atividades a serem cumpridas, poderão avaliar nosso empenho em realizar o projeto, mas seu sucesso, somente poderá ser avaliado pelas metas atingidas.
Entretanto, frente à instável dinâmica das interações sociais, atingir a parte dos objetivos permitirá um avaliação do grau de sucesso atingido pelo projeto.

A comunidade participará desse processo? Como?
O projeto se dirige a todos os moradores da vila, e os convida a participarem da discussão de diretamente ligadas a vida da comunidade. A medida de sucesso que podemos propor, é a mobilização da comunidade e adesão de novos sócios habilitados a votar na Assembleia Geral, dados que poderão ser quantificados.
Para avaliar a qualidade do projeto, dois dados podem ser analisados. O primeiro, será a sobrevivência dos empreendimentos encubados no projeto. Existe uma média nacional deste índice para referencias nossas marcas. O segundo, que somente poderá ser avaliado pela real transformação da Vila Histórica após a realização do projeto. Ainda que mais subjetivo, o reflexo de nosso trabalho na mídia poderá ser avaliado e referenciado por estatísticas de efetividade utilizadas pelo mundo publicitário.
Dois marcos estão formalmente definidos. Realiza-los certamente será uma referência de objetivos alcançados. A sociedade civil conciliar sua história com seu futuro, ambição máxima deste projeto, somente poderá ser avaliado alguns anos depois.


Onde estarão disponíveis os resultados dessa avaliação?
A TV Comunitária proposta no projeto, deverá produzir um registro diário e constante do dia a dia do projeto, circulando notícias, propostas e transparência na prestação de contas. Pode ser uma boa ideia criar um índice de audiência e aprovação dos trabalhos
___________________________________________________________________________

17. CONTINUIDADE DA AÇÃO

Após o término do projeto, como as atividades poderão continuar a acontecer?

Consideramos que este projeto deverá promover um evento único considerando a transformação proposta para a Vila Histórica. Caso os objetivos sejam atingidos, ao final do projeto, Mambucaba e seus moradores estarão envolvidos um novo ciclo econômico, impulsionado por um turismo economicamente sustentável, ecologicamente equilibrado e culturalmente criativo.
O espírito articulador e a intenção de fomentar a transformação estarão superados. Novas ambições e novos objetivos serão necessários.

18. Informações adicionais

Que outras informações ou característica do projeto você gostaria de destacar ou considera importante para participar no Edital de Pontos do Estado do Rio de Janeiro?


19. PROJETO JÁ BENEFICIADO OU EM TRAMITAÇÃO PELA DE LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA





20. TERMO DE RESPONSABILIDADE

Estou ciente que são de minha inteira responsabilidade as informações contidas no presente formulário relativo ao meu projeto cultural, e que ao apresentá-lo este deve ser acompanhado dos documentos obrigatórios, básicos e específicos, sem os quais a análise e a tramitação ficarão prejudicadas. Comprometo-me, ainda, a fazer constar a logomarca do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro em todos os produtos, peças gráficas e de propaganda referentes à mídia e divulgação do projeto, de acordo com o que determina a Portaria MINC nº 219, de 1997.

Angra dos Reis 10/setembro/2014

Associação de Moradores e Amigos de Mambucaba

Caixa de texto:  

Assinatura adicionada por montagem. A página 18 do anexo II assinada está disponível em pdf na área anexação de documentos




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