ANEXO II
MINISTÉRIO DA CULTURA
SECRETARIA DE
ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
PROGRAMA MAIS
CULTURA – PONTO DE CULTURA
PONTOS DE
CULTURA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
|
1.
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título
do projeto: Cena Viva do século XIX em Mambucaba
5.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
A Vila Histórica
de Mambucaba é uma pequena comunidade cuja fundação está relacionada ao Ciclo
do Café na região Sul Fluminense. Os registros históricos revelam que a Vila
tinha a função de porto exportador das safras, e para tanto, os produtores de
café mantinham instalações que permitiam o estoque da produção anual, e o
veraneio da família enquanto a safra era negociada com os compradores e
embarcada para seu destino final. Com a construção da estrada de ferro D Pedro
II, o escoamento das safras pelo porto de Rio de Janeiro, a Vila perdeu sua
função econômica e permaneceu isolada até a abertura da BR 101 e da instalação
das Usinas Nucleares.
Após quase um
século de isolamento Mambucaba e as outras comunidades da região, foram
acordadas pela “sensibilidade social” das empreiteiras que construíam a estrada
e concentraram na região cerca de 1500 trabalhadores reunidos em outras obras
espalhados pelo país. Após esta traumática reinserção na sociedade nacional, a
especulação imobiliária produzida pelo acesso recém aberto completa a
desarticulação da cultura local, quando os “estrangeiros” adquirem as
propriedades dos moradores tradicionais que se instalam nas periferias e áreas
de risco das cidades. É fácil imaginar a fragilidade cultural das comunidades expostas
a esta nova realidade. Esta situação perdura até nosso dias, e a ordenação do
espaço pelo poder público não produziu soluções que pudessem equilibrar ou
restaurar as forças das comunidades tradicionais
Atualmente, durante
a temporada de verão, Mambucaba dobra de tamanho. Cada casa, cada quitinete,
que permanece fechada durante todo o ano, de repente fica superlotada com os
veranistas que chegam para sua temporada de verão. Aos finais de semana, recebemos
outro tipo de turistas que traz consigo a cerveja, os petiscos e tudo mais para
um dia na praia. Ao final do dia até mesmo as latinhas de cerveja são
recolhidas e retornam para o isopor. Sobram apenas os plásticos, e outros
detritos. Registramos recentes conquistas da população e da prefeitura que
conseguiram proibir o churrasquinho na areia, as garrafas de cerveja e os
famosos paredões de som, o que amenizou a convivência com o turismo local.
Em qual(is) espaço(s) físico(s) serão realizadas
as atividades do projeto?
A AMAM,
Associação dos Moradores e Amigos de Mambucaba está instalada em sede própria e
dispõe desse espaço para desenvolver esta Proposta.
Vizinho à sede,
existe a ruína do último sobrado da Vila, que resistiu até o final do século
passado. O espaço, que além das ruínas, dispõe de amplo quintal encontra-se na
posse da Fundação Cultuar, órgão gestor de cultura de Angra dos Reis, parceira
na criação deste Ponto de Cultura.
6.
JUSTIFICATIVA
Por que a instituição inscreveu o projeto nesse
edital?
A AMAM, como
representante civil da Comunidade de Mambucaba, deve estar aberta as propostas
surgidas do debate entre os moradores e amigos da comunidade. A AMAM, convocada
pelo movimento cultural da Vila Histórica, assume sua função estatutária de
promover este debate. Para isto precisa construir um fórum onde as idéias e
suas contradições possam democraticamente se alinharem num projeto comum a
todos os mambucabenses.
Participar da
rede de Pontos de Cultura, na forma proposta no edital, atende as necessidades
para que nossa associação de moradores possa desempenhar e promover este
trabalho.
Entendemos que
nossa instituição, apoiada pelos recursos do edital, poderá desempenhar o papel
de uma instância distrital do Sistema Nacional de Cultura. As eleições para
diretoria a cada dois anos numa campanha semelhante as Conferências de Cultura, os Conselhos
Fiscal e Curador em suas próprias funções, nosso caixa submetidos as mesmas
regras do Fundo de Cultura, e por
fim as comissões temáticas que são as setoriais de nosso Conselho Distrital de Cultura. Finalizando, este projeto, se
implantado em nossa comunidade, estaria contemplando as idéias e ações que são
fruto do debate da comunidade e que formam nosso Plano de Cultura.
Em resumo, a Amam
procura com este projeto, os caminhos para alinhar-se as competências e responsabilidades
próprias do papel da sociedade civil no diálogo da produção da Cultura
Nacional.
Como surgiu
a iniciativa de inscrever o projeto?
No dia 17 de agosto passado, como parte da
programação do “Agosto Cultural” a Fundação de Cultura de Angra dos Reis
programou um Roda de Conversa na Vila Histórica como evento comemorativo
do Dia do Patrimônio Histórico. Nesta conversa, com a presença do presidente da
Cultuar, de diretores da AMAM, e de moradores, desenharam-se as ideias que
estão sendo encaminhadas.
Qual a importância desse projeto para a sua
comunidade?
Quem viveu os últimos
40 anos em Mambucaba, acompanhou um ciclo de desarticulação. O Meio Ambiente
degradado, o crescimento urbano desordenado, abusos de todos os tipos e um
abandono progressivo das riqueza e valores locais. Não é confortável o saldo
atual comparado ao pequeno paraíso de poucos anos atrás. É corrente também o
sentimento, que o potencial criativo das pessoas que vivem por aqui, sugere que
grandes acontecimentos são possíveis em Mambucaba.
Promover uma
inversão neste fluxo, criar um novo ciclo virtuoso capaz de produzir progresso
real e conforto, atrair investimentos e um novo padrão de turismo, é decisivo
para mudar nossa história.
As perspectivas
criadas pela conexão do segmento da Economia Criativa à produção cultural,
permitem a aposta que é possível elaborar um projeto capaz de agradar a todos
os moradores e amigos de Mambucaba e promover um novo ciclo econômico para a
Vila.
Por que o
Governo do Estado do Rio de Janeiro deve apoiar seu projeto?
Mambucaba é uma pequena Vila que aguarda seu
destino. Prosseguir no rumo atual certamente irá aumentar os problemas que
travam seu progresso e a evolução de seus moradores. A ideia de que a
Associação de Moradores é a instituição melhor situada, para articular as
potencialidades e promover as transformações necessárias, é compartilhada por
boa parte dos moradores que, neste momento, encontram-se mobilizados para
colocá-la em prática.
Este projeto é a resposta da AMAM para as regras
apresentadas pelo SNC no relacionamento entre o poder público e a sociedade
civil: articular a economia local a partir de sua cultura, é a utopia que está
prestes a ser implementada pelo trabalho de uma multidão de agentes culturais,
que tramaram uma rede de ideias agora disponíveis a todo cidadão.
A criação de um Ponto de Cultura, alinhando as
forças criativas da comunidade, pode ser o evento capaz de mudar o destino de
Mambucaba.
É de se imaginar que não somente a intenção e a
tentativa em fazer, mas principalmente o sucesso do projeto em atingir suas
metas, irá estabelecer uma trilha documentada para que outras comunidades
possam também promover as ações que garantam sua evolução. Nosso interesse em
que assim seja..., mantém a parceria entre a Amam e o Governo do Estado do Rio
de Janeiro, que imaginamos seja reciproco.
9.
OBJETIVOS
Quais resultados o projeto pretende alcançar a longo
prazo? Para que ele foi pensado? (Especifique o que se quer atingir com o
projeto).
A estratégia que
adotamos na elaboração deste projeto parte de algumas afirmações iniciais.
1- Consideramos
que a articulação da economia promovida pela vida cultural das comunidades,
reunidas no conceito de Economia Criativa, é um caminho sólido e capaz de
promover melhoria de qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
2- Que a criação
de um Plano Nacional de Cultura que se replica nos estados e municípios, também
pode por similaridade, promover um alinhamento na organização das Associações
de Moradores tais como a Amam, produzindo o que consideramos um Plano Distrital
de Cultura.
3- Que a Vila
Histórica de Mambucaba, com seu passado e sua História desconectada do presente,
precisa encontrar uma forma de modificar seu destino para evitar que atual
ciclo de desarticulação agrave as condições de vida na comunidade.
Apoiado nestas
proposições, o objetivo geral deste projeto, é criar as ferramentas e o
ambiente para que a comunidade da Vila Histórica se manifeste como Sociedade
Civil Organizada e desenvolva um plano de trabalho coletivo para o
desenvolvimento social da comunidade.
A Lei nº 158 de
22 de abril de 1982, que trata do tombamento da Vila Histórica está totalmente
defasada e deve ser substituída. As definições da nova lei devem ser
regulamentadas por um novo Código de Obras específico para Mambucaba; harmônico
com a vontade popular e o trabalho de reconstrução do sitio Tombado.
Utilizar-se do
edital de Ponto de Cultura para realização deste objetivo, permitirá ao proponente
assumir um papel protagonista como Sociedade Civil na ação de reordenação
Cultural, Urbanística e Econômica da Vila Histórica. A perspectiva local como
ponto de partida nas intervenções do poder público. Certamente uma política cultural
do sec. XXI.
10.
PLANO DE TRABALHO
Seguindo
a lógica dos 3 anos do edital, montamos um plano de trabalho em 3 etapas.
Ano 1 – Criação do Fórum –
Uma
Associação de Moradores, por representar a comunidade, é um sempre um fórum
permanente. O domínio dos meios digitais abre caminho para que todos
compartilhem problemas, ideias e soluções em tempo real. Pessoas conectadas
formam o novo ambiente para o exercício da democracia.
As
pessoas interessadas em trabalhar no projeto organizaram-se em Comissões
Temáticas na estrutura da Amam. Definimos 4 Comissões que chamamos de
estruturantes e vitais para desenvolver esta proposta.
Comissão
de Comunicações
Optamos
pela criação de uma WEB TV operando na internet e numa rede local WIFI aberta
aos moradores e visitantes de Mambucaba. Será montada na sede do projeto uma
pequena rede de terminais, dedicados a administração da Amam de do Ponto de
Cultura.
Comissão
de Música
Completando
a cota mínima para aquisição do Kit Multimídia, a Comissão de Musica define a
compra de um pacote de equipamentos que permitirá a realização de uma festa
mensal na Comunidade como forma de manter o trabalho de produção musical
independente e sustentável. Reservamos um pequeno recurso para a realização de
um Festival Estudantil de Música.
Comissão
de Patrimônio Histórico
O
Projeto Canteiro de Obras – Reconstituição dos espaços e saberes que construiu
Mambucaba.
A
idéia é compor um espaço apto a produzir com técnicas e ferramentas autênticas,
insumos para restauração colonial. Neste espaço, onde se trabalha e se aprende
as Artes e Ofícios Artesanais serão instaladas inicialmente a Oficina de
Madeira e Ferro. A existência deste Canteiro de obras será a base para dar
liberdade aos projetos de restauração da Vila.
Comissão
de Gestão Comunitária
A Amam procura as ferramentas para ter sua
administração on line. Para tanto precisou agregar conhecimentos que embora
disponíveis na comunidade não eram presentes na atual diretoria. A criação da
comissão de Gestão Comunitária foi a solução encontrada para envolver as
pessoas que estão colaborando nesta tarefa. Desta forma, foi possível reunir os
conhecimentos necessários para que a Amam participasse deste edital.
Planejamos que os recursos destinados a administração do projeto,
sirvam também para formar um quadro de pessoas que possam a médio prazo assumir
este trabalho. O desenvolvimento dos
empreendimentos encubados pelo Ponto de Cultura, estão focados em localizar outras
fontes de financiamento de projetos e este trabalho e estes conhecimentos serão
importantes para completar a proposta.
As pessoas que atuam nesta comissão, estão cadastradas como MEI e
portanto habilitados a fornecer Nota Fiscal Eletrônica em suas áreas de
atuação, sendo esta a relação preferencial para quem quiser trabalhar no
projeto.
Os recursos disponíveis para o primeiro ano superam os orçamentos para
funcionamento destas 4 Comissões. Com este saldo procuramos os grupos culturais
de Mambucaba para que apresentassem um pequeno projeto para compartilhar do
edital, Desta forma formaram-se mais 3 Comissões.
Comissão de Artesanato
Os artesões elegem a realização de uma Feira na alta temporada como
projeto do setor
Comissão de Meio Ambiente
A equipe envolvida define como sua prioridade, a realização da
campanha para dar inicio a nossa coleta seletiva
Comissão de Educação
Os educadores de Mambucaba irão investir em criar projetos que
apoiados nos conhecimentos disponíveis na comunidade, possam responder ao
Programa Mais Educação (MEC) e oferecer o segundo período nas escolas da
região, que será realizado apoio da estrutura do projeto mas sem recursos
reservados no orçamento.
Ano 2 –Promulgação do
anteprojeto da nova lei de Tombamento da Vila Histórica de Mambucaba
Em
1982, em pleno regime de exceção, o IPHAN realizou o Tombamento de Mambucaba. Sem
projetos para manutenção do Sitio Histórico ou mesmo sua fiscalização, o
crescimento urbano simplesmente ignorou a ambicioso Tombamento Arquitetônico e
Paisagístico. O escritório da Costa Verde do IPHAM reconhece a situação, e
estuda a contratação de uma empresa para formular um anteprojeto para a lei.
Entendemos
que a elaboração desta lei refere-se a uma circunstância que excede a
competência legal do IPHAM, uma vez que o Patrimônio Histórico refere-se a apenas
uma das dimensões da vida da Comunidade de Mambucaba, assim como a economia, a
educação e a cultura local. Reivindicamos portanto, para o fórum a que se
refere este projeto, a primazia sobre qualquer outro, sobre os direitos de definir
os novos rumos de nossa comunidade.
Consideramos
que além do IPHAN, diversos outros órgãos públicos devem participar desta
construção. As indicações de alternativas na forma de tombamento são decisivas
para o desempenho econômico e na criação cultural da vila. Os fundamentos da
ECONOMIA CRIATIVA, ainda em formulação, sugerem amplos e novos caminhos para a
interação entre todos os atores envolvidos. As agencias de fomento e
financiamento público devem ser consideradas e envolvidas neste debate.
Saneamento básico, esgotamento sanitário, transito, segurança são também
fatores desta equação e devem ser analisados em conjunto.
Apontamos
a assembléia geral que irá votar o anteprojeto da Nova lei de Tombamento de
Mambucaba como o foco e o objetivo culminante deste projeto. Para que este
evento realize com sucesso as expectativas projetadas será necessário que a
preparação dos espaços e das pessoas tenha sido realizados.
O
trabalho que deve preceder esta assembléia é o objetivo do 2º ano de nosso
Ponto de Cultura. Realizar seminários, contratar consultores, produzir vídeos,
hospedar convidados serão os investimentos dos recursos desta etapa. Fizemos
uma distribuição básica dos recursos, mas conforme permite o edital, guardamos
a oportunidade para detalhar a aplicação dos recursos após a experiência do 1º
ano.
Da
perspectiva de hoje, definimos 4 eventos que devem abordar os temas envolvidos
1.
Exposição
Raízes Históricas - Pesquisa e Representação Gráfica da linha do tempo de
Mambucaba.
2.
Seminário
- A Sociedade do Café no verão de 1854 ´-
Imaginário do cotidiano de Mambucaba em plena estação de veraneio no
auge do ciclo econômico. Reconstrução dos ambientes, composição de personagens,
serviços, lazeres etc.
3.
Concurso
de Monografias - Relações de Trabalho na construção civil no sec XIX
4.
Exposição
– Inventario Iconográfico, Coleta de Receitas, Figurinos e Indumentários, Montagem
de ambientes da Cena Viva do Sec. XIX.
Ano 3 – A construção
Criada
a Lei, o 3º ano do projeto fica dedicado a sua regulamentação. Elaborar o
código de obras para ser implementado e respeitado por todos seria a espinha
dorsal, mas outros produtos devem ser construídos para registrar e tornar útil
as informações coletadas nos anos anteriores.
1.
Elaboração
de Manual com Instruções no uso das normas elaborados
2.
Elaboração
de Manual com Instruções no uso das marcas, modelos, e materiais, conforme a
Cena Viva do Sec. XIX
3.
Edição
e depuração do material Multimídia produzido ao longo do projeto.
4.
Feira
de Negócios para promover novos empreendimentos com a presença de agentes
financiadores.
5.
Divulgação
na mídia e publicidade dirigida.
10.1 METAS
Para se alcançar os objetivos do projeto, o que a instituição pretende
alcançar em termos quantitativos e qualitativos?
Ano 1
1. A rede social local funcional, articulada
e “bombando”
2.
Pessoas
preparadas para promover seu segmento de trabalho e sincronizadas pelo
cronograma geral
3.
Informações
trafegando sem restrições técnicas, assegurando a todos os mesmos recursos e
direitos de expressão.
4.
Empreendimentos
encubados estabilizados e operando de forma sustentável e se possível
lucrativa.
5. Projeto Canteiro de Obras apto a desenvolver
serviços de Restauração de Patrimônio Histórico
Ano 2
1.
Texto
da nova lei votado pela Assembleia Geral da Amam encaminhado para ser
ratificado pela Câmara Municipal de Angra dos Reis e outros necessários.
2.
Levantamento
Histórico de referência para orientar as ações e empreendimentos que irão
compor a Cena Viva do Sec. XIX realizado e publicado
3.
“Franquia”
pública e gratuita da Cena Viva de Sec. XIX formatada e disponível para a
Comunidade de Mambucaba
Ano 3
1.
Código de Obras específico de Mambucaba
votado pela Assembleia Geral e encaminhado a Câmara Municipal de Angra dos Reis
2.
Publicação da produção cultural
desenvolvida pelo projeto.
Se as estratégias
planejadas nos dois primeiros anos funcionarem conforme nossas expectativas, e
as metas forem atingidas, Mambucaba deverá estar em obras no terceiro ano do
projeto. Desta forma, a meta para o ano de encerramento do projeto, A Vila de
Mambucaba deverá estar iniciando um novo ciclo econômico, fundamentado na Cena
Viva do Sec. XIX como Espaço Cênico atraindo trabalho, negócios e turistas.
10.2 ETAPAS-FASES
O que será feito para executar as metas previstas?
Nosso Plano de Trabalho estabelece 3 momentos em o que o projeto
deverá criar estratégias para atender as exigências criadas pelos objetivos que
definimos para o Ponto de Cultura.
O primeiro, é um esforço para divulgar a proposta e conquistar a
população para uma participação de TODOS os moradores no debate, como única
maneira de legitimar o projeto. As novidades introduzidas pelo Ponto de
Cultura, serão percebidas e certamente apreciadas.
Consolidar e promover os grupos articulados nas Comissões Temáticas da
Amam, permitindo que assumam metas e compromissos, é um aspecto mobilizador de
nossa programação para o primeiro ano do projeto.
A MambucabaWEB-TV no ar com o morador e suas questões em pauta irá
animar as pessoas se envolverem no trabalho. Uma tribuna pública para que todos
possam manifestar livremente suas ideias irá atrair interessados. A rede WIFI
aberta, irá gerar transito para o portal de notícias do projeto.
A realização de festas com bom som, iluminação e espaço para os
músicos locais se apresentarem, também irá mobilizar um grupo de moradores que
irão compartilhar o trabalho e a renda criada pelo evento, e claro convida o
grande público da região a abrilhantar as noites de Lua Cheia em Mambucaba.
O Canteiro de Obras em ação estará promovendo o trabalho e a
aprendizagem para um grupo considerável de moradores, além se constituir um
forte atrativo para o turismo.
Todas estas ações irão certamente impactar no cotidiano dos moradores e
serão importantes para a ativação de um coletivo vivo e conectado com a maioria
da população. Entretanto, acreditamos que a perspectiva de se criar políticas
públicas que efetivamente serão implantadas e que irão melhorar a qualidade de
vida certamente será o grande atrativo capaz de estruturar o fórum para debater
o futuro da Vila Histórica.
O segundo momento do projeto tem o propósito de focar as atenções nos
planos para o futuro de Mambucaba. Vislumbrar o que poderia ser realizado em
nossa pequena enseada, caso tivéssemos a oportunidade de escolher. Refletir
dentro dos novos limites oferecidos pelo livre debate entre as pessoas,
instituições e poderes envolvidos numa decisão coletiva é um feito inédito e
concretamente acessível a partir do edital de Ponto de Cultura. Alargar as
possibilidades, aproximar-se das utopias, imaginar o melhor ambiente para que a
cultura local se fortaleça e crie um valor que sustente o trabalho, é o foco
deste segundo momento.
As atividades programadas para este segundo
momento, visam criar as referências para que possamos projetar a cena da sec
XIX em nossos dias. Reconstruir o veraneio da Sociedade Cafeicultora do Sul
Fluminense em Mambucaba, com as safra prontas para serem comercializadas, é um
enredo acessível e atraente para uma exposição. Reunir fotos e documentos da
época, procurar teses e monografias que iluminem as relações de trabalho na
Construção do Casario de Mambucaba, são detalhes que irão montar um complexo
quebra cabeça que irá orientar a construção do futuro desta comunidade.
Para finalizar, um Seminário para construir o
texto legal que garanta os espaços para a realização do projeto coletivo, como
parte da Assembleia Geral da Amam que irá votar um anteprojeto para a Nova Lei
de Tombamento de Mambucaba. Entendemos que este é o limite de poder da
sociedade civil, e que será necessário o anteprojeto ser aprovado pela Câmara
Municipal para efetivamente transformada em lei.
Acreditamos que nossa campanha consiga envolver
pessoas e instituições e conte inclusive com os vereadores na elaboração do
texto do anteprojeto, o que embora não garanta, melhora as chances que o projeto
seja também aprovado em votação oficial da Câmara de Angra dos Reis. De
qualquer forma que fique claro, haverá uma nova Lei de Tombamento; o que está
em jogo é se a comunidade consegue se fazer ouvida e que sua vontade seja
respeitada.
A terceira etapa do projeto tem a missão de
consolidar o trabalho realizado nos dois primeiros anos do projeto.
- Formatar o conhecimento coletado numa “Franquia
Pública” (e gratuita) oferecida aos moradores da Vila Histórica, para que cada
um possa configurar seu espaço em harmonia com o plano coletivo.
- Publicar o “MANUAL DE USO DA MARCA” do projeto
Cena Viva do Sec. XIX será a forma de distribuir os resultados do projeto.
- Depurar todo o material multimídia produzido,
criar uma registro da experiência que possa ser compartilhada com outras
comunidades em condições semelhantes irá ampliar o público atingido pelo
projeto.
- Atrair as agencias públicas de fomento e
financiamento para bancar os projetos desenvolvidos pelos moradores dará
consistência aos empreendimentos criados.
- Finalizando, como no ano anterior um seminário
para construir o texto do “Código de Obras” regulamentando a nova lei de
Tombamento e acompanhar sua votação, é o fechamento do projeto, conferindo
conformidade legal ao plano forjado pela comunidade em 3 anos de trabalho
coletivo.
11. EQUIPE DE TRABALHO
Para realizar o
plano de trabalho que equipe de trabalho será preciso?
Nome
|
Função
no projeto
|
Profissão
ou ocupação
|
Grau
de escolaridade
|
Remunerado
|
Voluntário
|
|
Maria Lucy
|
Gestão
|
Pedagoga
|
Superior
|
X
|
||
Paulo Vargas
|
Comunicação
|
Mestre Marceneiro
|
Superior
|
X
|
||
Flavio Barbieux
|
Redator TV
|
Escritor
|
Superior
|
X
|
||
Debora Lay
|
Oficineira
|
Arte Educadora
|
Superior
|
X
|
||
Thales Pansardes
|
Oficineiro
|
Musico
|
Superior
|
X
|
||
Renata Sodre Leal
|
Oficineira
|
Administradora
|
Superior
|
X
|
||
Walter Yerko Velasques
|
Oficineiro
|
Artesão
|
Superior
|
X
|
||
Simone de Freitas Moutinho
|
Oficineira
|
Artesã
|
Médio
|
X
|
||
Edna Aparecida da Silva Neves*
|
Assessora Jurídica
|
Advogada
|
Superior
|
X
|
||
Fernanda Camargo *
|
Assessora de Comunicação
|
Jornalista
|
Superior
|
X
|
||
Martha Mirrah*
|
Assessora de Fomento e Captação
|
Produtora cultural
|
Pós graduação
|
X
|
||
Milton dos Santos Barros
|
Oficineiro
|
Musico
|
Superior
|
X
|
||
Tomas Vargas Barros
|
Oficineiro
|
Musico
|
Médio
|
X
|
||
Anderso de Oliveira Santos
|
Oficineiro
|
Canoeiro
|
Médio
|
X
|
||
Alvaro Marcial Hidalgo Gonsales
|
Oficineiro
|
Artesão
|
Médio
|
X
|
||
Vanderson de Souza
|
Oficineiro
|
tec. Meio ambiente
|
Médio
|
X
|
||
Bruno Ferreira
|
Oficineiro
|
Pescador
|
Médio
|
X
|
||
Joaquim Arão Soares
|
Oficineiro
|
Cesteiro
|
X
|
|||
* parceiros
da Equipe da Fundação Municipal de Cultura - Cultuar
|
13.
RETORNO DE INTERESSE PÚBLICO
Quais serão os
benefícios para a sua comunidade com a implantação do projeto? Observe as
seguintes áreas:
Artístico-culturais:
Recriar a cena e o ambiente do Sec. XIX será
um mergulho num trabalho que exigirão pesquisas, ensaios, construções,
instalações. Será necessária a contribuições de “estrangeiros“para trazer
conhecimentos não existentes na Comunidade, e cursos, debates, rodas de conversa,
para que estes conhecimentos sejam transferidos aos interessados locais.
Sociais:
O sucesso deste projeto, está apoiado na
hipótese que a Sociedade Mambucabense está madura para construir um projeto
coletivo de evolução.
A comunidade tem consciência que a
valorização cultural da Vila não pode
promover um ciclo de especulação imobiliária que levaria os atuais moradores a
abandonar a Vila.
A comunidade também espera que os
moradores sejam formados, ensinados e preparados para participar ativamente dos
trabalhos de construção do projeto, fixando os investimentos no local.
O
desenvolvimento do projeto permitirá que as pessoas incorporem o sentimento que
isto é possível e esta é a hora de promover estas ações.
Econômicos:
A Amam espera
estar estruturada para oferecer o suporte necessário para uma campanha capaz de
mobilizar os agentes culturais e dispor dos recursos para encubar as
iniciativas que irão compor a Cena Viva do Sec. XIV. Aposta-se também que as
ações propostas no projeto possam atrair um novo perfil de turismo para a Vila
e que atender este novo público ativar o potencial receptivo de Mambucaba.
14.2
DISTRIBUIÇÃO OU VENDA DOS PRODUTOS CULTURAIS
Para quem os produtos serão
distribuídos?
O Manual estará disponível para todos os
moradores de Mambucaba que se interessarem em montar em seu espaço uma parte da
Cena Viva do Sec. XIV em Mambucaba. O manual estará também disponível para
todas as pessoas que se interessarem.
Como serão entregues a essas
pessoas?
O Manual esta disponível
download gratuito
Se
os produtos forem vendidos, qual o valor unitário do produto?
Estes
produtos irão ajudar a sustentar o projeto? De que modo?
15. PLANO DE COMUNICAÇÃO
Como a
instituição pretende divulgar a existência desse projeto?
Material de Divulgação
|
Local de
Divulgação
|
|
Radio e TV MAMBUCABA
|
Rede Wifi aberta na Vila e na WEB
|
|
Canais Comunitários
|
TV a cabo
|
|
banner
|
Local do Projeto
|
|
Manual de Uso
|
Disponível para donwload
|
16. AVALIAÇÃO DO PROJETO
Como o projeto será avaliado?
Articular o
potencial criativo dos moradores da Vila Histórica para realizar as tarefas e
funções propostas neste projeto, será um feito notável e portanto de fácil observação.
Pelo mesmo motivo, criar uma lista de atividades a serem cumpridas, poderão
avaliar nosso empenho em realizar o projeto, mas seu sucesso, somente poderá
ser avaliado pelas metas atingidas.
Entretanto, frente
à instável dinâmica das interações sociais, atingir a parte dos objetivos
permitirá um avaliação do grau de sucesso atingido pelo projeto.
A comunidade participará desse
processo? Como?
O
projeto se dirige a todos os moradores da vila, e os convida a participarem da discussão
de diretamente ligadas a vida da comunidade. A medida de sucesso que podemos
propor, é a mobilização da comunidade e adesão de novos sócios habilitados a
votar na Assembleia Geral, dados que poderão ser quantificados.
Para
avaliar a qualidade do projeto, dois dados podem ser analisados. O primeiro,
será a sobrevivência dos empreendimentos encubados no projeto. Existe uma média
nacional deste índice para referencias nossas marcas. O segundo, que somente
poderá ser avaliado pela real transformação da Vila Histórica após a realização
do projeto. Ainda que mais subjetivo, o reflexo de nosso trabalho na mídia
poderá ser avaliado e referenciado por estatísticas de efetividade utilizadas
pelo mundo publicitário.
Dois marcos
estão formalmente definidos. Realiza-los certamente será uma referência de
objetivos alcançados. A sociedade civil conciliar sua história com seu futuro,
ambição máxima deste projeto, somente poderá ser avaliado alguns anos depois.
Onde estarão disponíveis os
resultados dessa avaliação?
A TV
Comunitária proposta no projeto, deverá produzir um registro diário e constante
do dia a dia do projeto, circulando notícias, propostas e transparência na
prestação de contas. Pode ser uma boa ideia criar um índice de audiência e
aprovação dos trabalhos
___________________________________________________________________________
17.
CONTINUIDADE DA AÇÃO
Após o término do
projeto, como as atividades poderão continuar a acontecer?
Consideramos que este projeto deverá
promover um evento único considerando a transformação proposta para a Vila
Histórica. Caso os objetivos sejam atingidos, ao final do projeto, Mambucaba e
seus moradores estarão envolvidos um novo ciclo econômico, impulsionado por um
turismo economicamente sustentável, ecologicamente equilibrado e culturalmente
criativo.
O espírito articulador e a intenção de
fomentar a transformação estarão superados. Novas ambições e novos objetivos
serão necessários.
18. Informações adicionais
Que outras informações ou
característica do projeto você gostaria de destacar ou considera importante
para participar no Edital de Pontos do Estado do Rio de Janeiro?
19. PROJETO JÁ BENEFICIADO OU EM TRAMITAÇÃO PELA
DE LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA
20.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Estou ciente que são de minha inteira responsabilidade as informações
contidas no presente formulário relativo ao meu projeto cultural, e que ao
apresentá-lo este deve ser acompanhado dos documentos obrigatórios, básicos e
específicos, sem os quais a análise e a tramitação ficarão prejudicadas. Comprometo-me, ainda, a fazer constar a logomarca do
Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro em
todos os produtos, peças gráficas e de propaganda referentes à mídia e
divulgação do projeto, de acordo com o que determina a Portaria MINC nº 219, de
1997.
Angra
dos Reis 10/setembro/2014
Associação de Moradores e Amigos de Mambucaba
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